terça-feira, 19 de agosto de 2014

Animalesco corvo sonho



Madrugada intima, sepulcros florestas sacrários dos medos
Colinas frondosas dos abismos horrendos
Ancestralmentem asas do animalesco sonho
Me acordo, garguliamente, assombrando a cidade das minhas paredes
E se por de certo, as luzes eléctricas se adormecem
São as mortes, as hipocôndriacas mortes a assaltar a viúvez alheia,
E me lembrarãom as horas infernais invernis do mundo do fogo.
As colheitas em surdina do sangue transplantado nas almas esquecidas,
Num cemitério deambulante sobre o tempo.
Urdindo, jograis, em gemidos, sobre cirios luminescentes, os nomes de glórias heróicas
Expelindo lavas das cavidades aortas dos templos biblicos
Terrenos corporais Jetsemanis, sem perdões
Conspirações de corvos, que voam destinadamente sobre a carne esquecida nas mãos do tempo.
Vivendo, em trevas, de sonhos dúbias irrealidades da verdade.
Quais verdades?!
Os óleos dos catecúmenos trazem vida viscosa sobre a morte.
Vinagre deposto na carne,
Vórtices de palavras envoltos no negrume da noite.
Sem tempo, sem nomes, apenas o ranger das asas voando nas cavidades da pele.
A ruidosa sonoridade das asas rasgando o tempo.
Os grilhões de amarras que alcançam o presbitério de guerras assinaladas a vermelho escarlate
Volvendo as intempéries às musicalidades de folias negras,
Evangelhos luciferianos explodidos em pombas brancas sobre espinhos de rosas, embelezando asas de condor sobre o negro atapetado chão
Nobre ousadia de exposições corpolentos de voos sobre a morte, desconstruíndo todas as leis da metafísica, as constlações divinas
Nos umbrais dos olhos do mundo
Busto do medo,
Aos olhos do mundo
O sangue destila fervilhando ar quente
Bordando a renda as tumbas das frinchas dos olhos,
Poisando as garras macias defronte do horizonte.
Em cheiros de incenso
Aromatizando as narinas dos anjos
Em luto bálsamo dos profetas,
Os degredos verdejantes penhascos assombra
Em demónios do éden sonho
Se acordam os salmos gritos em penas escrevendo novas verdades,
Que a morte está próxima
E nos umbrais do tempo
Controcem os ossos em luz negra, nos soalhos dos olhos
Onde a carne, terra de poeira, arde, infinitamente.

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