sábado, 5 de novembro de 2011

Obrigado Meu Deus

porque te escondes?
que te fiz eu para fugires de mim?
não te quero mal!
apenas te quero a ti...
te abraçar...
te tocar...
sentir-te...
não vás...não fujas...não te escondas...
sinto-me tão só...
todos me abandonam...
por favor, fica...
fica a meu lado...
da-me a tua mão
sinto a falta de um carinho...
sinto falta do sorrir...
sinto falta de tudo...
anda, vamos passear os dois,
de mãos dadas, de corações juntos.
olha! vamos ver aquele por-do-sol que tanto gostamos...
e pedir aqueles desejos que pedíamos ás estrelas...
lembras-te de quando éramos crianças...
de quando nos riamos por tudo e por nada...
daquelas vezes que sem querer nos batíamos e nos magoávamos...
como eram bons os tempos de criança.
mas se calhar foi por te ter magoado que te vais agora embora.
não vás... peço-te desculpa...
não vás, por favor...
sinto-me só...
perdido...
cansado e vazio...
eu já não existo...apenas sou uma marioneta...
a quem Deus mexe com os fios para que este corpo deambule...
não me mexo,...apenas alguém me faz mexer...
sinto-me sepultado, numa sepultura profunda...
não me deixes, faz-me ressuscitar...
ajuda-me a sair desta profunda cova..
estende-me a mão...
aquela mesma mão que estendes-te
quando estive quase a cair da ravina,,,
aquela mesma mão que me deste
quando passei por maus momentos.
aquela mesma mão, que me ofereceste quando tive os meus êxitos...
da-me a tua mão...
não me deixes...
ajuda-me....
suplico-te...
rogo-te...
porque me deixas?!
que mal te fiz eu...?!
ando perdido
os meus meus olhos já não vêm...
as minhas mãos já não tocam...
o meu coração já não bate...
sinto-te cada vez mais longe...
e eu impotente para te alcançar...
eu grito com toda a força para que voltes...
grito e volto a gritar...
mas não me ouves...
ou ate sou eu que já nem consigo falar...
vou andar por ai...sozinho, como um morto-vivo...
não estou morto, mas também não estou vivo....
adormeço num local desconhecido..
durante a noite invade-me uma sensação estranha.
sensação que não sentia há muito...
julgo eu desde o tempo em que perdera algo importante...
desde o tempo que deixei escapar por entre os meus grossos dedos...
desde o tempo....há mesmo muito muito tempo...
acordo meio sonolento ainda...
abro os olhos e vejo as cores do arco-íris...
flores, borboletas, crianças a brincar...
imagino que seja um sonho...
esfrego os olhos e volto a abrir-los...
continua lá tudo...
o arco-íris...
as flores...
os pássaros...
toco com as minhas mãos e sinto a terra húmida e fria...
frito e ouço o eco da minha própria voz...
sinto algo a tocar em meu ombro...
não olho...
mas toco-lhe...
que mão suave que me toca?...
que é este que me toca?...
que me quer?...
não lhe dirijo um olhar..
não lhe dirijo uma palavra...
mas interrogo-me ferozmente para saber de quem é aquele mao que me toca
e sem dizer nada...
Ele responde...
Eu sou Aquele a quem julgas que se afastou de ti...
Eu sou Aquele único ser capaz de te dar a felicidade...
Eu sou Aquele que sempre te deu a mão quando estiveste a cair da ravina...
Eu sou Aquele que te estendeu a mão sempre que precisaste...
Eu sou Aquele que te ofereceu a mão nos teus bons e maus momentos...
Eu sou...
e não dize mais nada.
Voltei-me para Ele e agradeci-Lhe..
Obrigado meu Deus por teres estado sempre a meu lado...
por me Teres guiado por todos os caminhos
Obrigado Meu Deus

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