Uma brasa arde na lareira
Na sua frente dois gatos admiram as fagulhas que sobem pela chama
Um copo de vinho
Dois corpos abraçados na luz ardente
Na sua frente dois gatos admiram as fagulhas que sobem pela chama
Um copo de vinho
Dois corpos abraçados na luz ardente
E as notas soltas do jazz solitário ecoam nos recantos em desencantos de amor e promessas tatuadas na pele... Fios de luz em ilusões escritas com a tinta dos dias a saborear a demência do tempo que nos assalta de mansinho... tic tac... diz: vem a quem veio para ficar
"Para ficar"...e ficaram os dois felinos, (bem ladinos por sinal) de focinho no ar, indecisos entre o fio de fogo que cintilava e torcia numa dança do ventre mas queimava ou, a mosca que teimosamente zumbia e poisava no copo e no corpo do dono carente.
Daqui para a frente...
Daqui para a frente...
Daqui para a frente dizia o dono com ar triste:
- Vou á procura de um abraço e de um amor como este, deixarei esta vida vazia e enfrentarei batalhas sentimentais e os medos que me atormentam a alma... Decidido Joaquim, que já transporta o peso dos seus 67 anos vividos na solidão... Na ilusão de poder ainda conhecer o verdadeiro amor, levanta-se do seu sofá...
De mãos calejadas pelo tempo, pelo trabalho árduo, pelas marcas e rugas marcadas na sua cara das preocupações, das alegrias, das tristezas de uma vida, ampara sua bengala de recorte fino da madeira mais perfeita, vestindo o capote comprado numa visita ao Alentejo e decide ir em busca de algo... de alguém...abre a porta de sua casa.
E desce degrau a degrau a escadaria amparando-se no corrimão polido pela neve que cai, Joaquim traz á memória Josefa, amor que outrora perdera - Ai Josefa minha querida! Murmura Joaquim em tão saudoso – tu que foste a única que amoleceu este meu coração duro, que será feito de ti?... Caminhando já pela calçada escorregadia Joaquim prossegue caminho, contando para seus botões os doces momentos que teve em jovem com Josefa...
Ao dobrar a esquina da rua de Serpa Pinto com a rua da Constituição encontra-se com belas meninas que por lhe acharem um senhor fino lhe fazem das mais diversas ofertas... apesar da saudade de um corpo feminino, de um toque suave, Joaquim percorre as calçadas continuando o seu caminho até ao café onde todos os dias apreciava o sabor quente da aguardente que o taberneiro guardava para si
- Boa tarde! Cumprimenta Joaquim os seus compinchas, dá duas de letra com o taberneiro enquanto este lhe enche o copo com a tão desejada aguardente, e vai folheando o jornal á procura de noticias que lhe animem o espírito
Esse espírito, que o leva a memórias inesquecíveis. O taberneiro, diz-lhe:
- Que se passa Joaquim, as noticias não animam, mas você, agora estava longe...
Com o olhar pensativo, como que parado no tempo. Há quanto tempo Joaquim, há quanto tempo não “corres” Joaquim. Se paras “morres”, matas os dias que te restam. Corre Joaquim, corre porque ontem já era tarde. Procura o que tens na vontade porque na verdade não é coisa que venha em destaque no jornal. Larga a notícia, a história do pobre mais pobre que tu...
…homem. Num gole, Joaquim bebe a aguardente de cor amarelada e sabor intenso. Fecha o jornal e transpõe a porta da taberna com um brilho diferente no olhar. Aquele ser anafado de ar sisudo atrás do balcão parecia saber algo acerca do seu íntimo! Mas como? Joaquim ficou intrigado. Mas que importa? A voz do taberneiro, seu conhecido de longa data, dá-lhe a força que lhe faltou ao longo destes anos.
A esperança invade-lhe a alma e fá-lo caminhar mais hirto…
A esperança invade-lhe a alma e fá-lo caminhar mais hirto…
Passo a passo, devagarinho, a idade já não permite acelerar a passada, pela rua acima, sentando-se num banco de jardim.
-18:45h. Sempre pontual como sempre padre Rogério
-18:45h. Sempre pontual como sempre padre Rogério
Aproxima-se de Joaquim, cumprimenta-o com duas palmadas nas costas e diz-lhe:
- Então meu velho amigo, já algum tempo que não te via por estas bandas?! Com o olhar apagado Joaquim olha Rogério e de voz tremida pelo frio que se faz sentir pede-lhe:
- Tu que tens palavras sábias e sabes ouvir como ninguém ajuda-me com este peso que trago cá dentro...
- Sabes Joaquim, os remorsos do passado atormentam-nos sempre o presente. Temos que ver nosso coração e da mesma forma que temos que saber perdoar os outros, temos que nos saber perdoar a nós mesmos.
- É uma tarefa tão árdua...
Quando contemplo o meu passado, transporto-o para este presente, mas o meu maior desejo Rogério... era torná-lo no meu futuro... corrigir aqueles erros da juventude, recuperar tudo e sobretudo todos aqueles que perdi...
Quando contemplo o meu passado, transporto-o para este presente, mas o meu maior desejo Rogério... era torná-lo no meu futuro... corrigir aqueles erros da juventude, recuperar tudo e sobretudo todos aqueles que perdi...
- Já pensaste que é possível? Tudo é possível. É perdoando que se é perdoado, e é amando que se é amado, meu amigo...
Fecha os olhos, sentes este vento que te toca as faces. Não tem porventura o mesmo vigor de há quarenta anos atrás? Joaquim... o corpo envelhece, mas o espírito mantém-se sempre jovem. A tua juventude ainda não terminou. Acredita. Acredita!
Joaquim vergou a cabeça, pensativo. Fechou os olhos e sentiu o vento, que interiormente lhe soprava nova vitalidade...
- Tudo se torna tão difícil quando sentimos que no passado apenas magoamos quem nos quis bem, Rogério. Sabes bem o que foi a minha, os meus erros cometidos. Custa-me olhar para trás e saber que podia ter sido tudo tão diferente.
- Joaquim, olha, aquele não é o teu neto???
- Sim é o meu neto! Responde Joaquim com um ar ternurento. - Mas não me é permitido dize-lo, sabes bem o que aconteceu no dia em que abandonei Josefa grávida, como me arrependo...
- O meu neto? Meu caro amigo, definitivamente, a idade está a tirar-te as faculdades de visão, o meu neto não me visita há anos, aliás, não me recordo da última vez que recebi a visita de um familiar!
João aproxima-se dos senhores com um sorriso.
- Avô – Diz João com voz terna.
- João?
João aproxima-se dos senhores com um sorriso.
- Avô – Diz João com voz terna.
- João?
Rogério, sussurra baixinho:
- E eu, é que estou a perder faculdades visuais, hein...
Joaquim olhou atentamente para aquela criança de dez anos. Era mesmo o seu neto. Já há algum tempo que o não via e ele estava a crescer rapidamente. De cabelo encaracolado, de olhos castanhos e rasgados João sorria para o avó. Vinha contente da escola. Tinha conseguido entrar para os torneios de futebol e estava ansioso por contar ao avô.
Para Joaquim foi como o tempo tivesse parado. Também ele na idade de João entrou nos torneios de futebol da escola e isso mexeu com ele. Lembranças engraçadas percorreram-lhe os pensamentos e recuar uns anos... as correrias, o jogar descalço, para não estragar os sapatos resultava um rasgar de meias que a mão da mãe incansavelmente cosia. Bons tempos, pensou Joaquim.
E entre um rasgar de emoções entre lágrimas e sorriso Joaquim abraça profundamente seu neto cheio de amor, como se tivesse encontrado o bem mais rico em todo o mundo...e se calhar até acabara de (re) encontrar...
- João, meu pequeno – fala com ele enquanto lhe passa a mão pela cabeça -como tu estás grande. Que estas por aqui a fazer? A tua mãe onde está?
Contente de ver o neto e com as perguntas a bailarem-lhe na boca, Joaquim não parava de interrogar o neto. Umas atrás das outras, sem esperar a resposta, Joaquim continuava a bombardear o neto com perguntas. Esta feliz de o ver. Imensamente feliz. Valeu a pena ter saído à rua nessa tarde, mas uma voz de menino interrompeu-lhe as perguntas e os pensamentos. Era João que não entendendo a quantidade de perguntas que o avô lhe fazia perguntou-lhe se estava bem.
- Estás bem avô? Joaquim parou e abraçou o neto com os olhos rasos de lágrimas. Deu-lhe a mão e caminharam juntos, lado a lado, por entre uma fila de amendoeiras em flor.
Ao longe, sua filha Maria da Luz, acompanhava seus passos, a relação da aproximação do avo e neto.
Pareciam dois catraios. Os olhos castanhos de João sorriam e os de Joaquim brilhavam intensamente. Estavam felizes. Maria da Luz olhava com carinho o pai. Naquele momento esquecera tudo. Voltava à estaca zero. Era um recomeço. De xaile nos ombros, cansada e fraca Maria da Luz sorriu.
Junto ao Rio, nas suas margens, Joaquim contava histórias da sua infância fazendo João sonhar ao ouvir as histórias do avo. sem querer João pergunta ao avô:
- Avô porque usas uma bengala????
- Avô porque usas uma bengala????
A bengala???? Essa já fazia parte de si. Usava a como se fosse uma perna que o ajudava a manter-se direito. O seu corpo já não era o mesmo, cansado e sem forças precisava de ajuda. Desde aquele acidente com o tractor precisava dela. Joaquim começo então a relatar o acidente. João estava atento. No fim, vendo que nada podia alterar e nem podia ajudar o avo disse lhe que ele poderia ser a sua bengala. Joaquim parou e emocionado remexeu os caracóis do neto e disse: - obrigado João. Nunca me vou esquecer deste momento. Foi mito bom.
Maria da Luz encontrava-se atrás de ambos. Surda de tudo e atenta ao que os dois conversavam. Num rechear de memórias, recorda o dia em que seu pai tivera o acidente, em que a sua mãe Zulmira chorava sofregamente por Joaquim, no dia em que vira seu irmão José das Couves partir para França em busca de um futuro risonho. Maria da Luz enveredara pela carreira da Artista. era escritora e actriz de revista. uma das actrizes portuguesas de reconhecimento estrangeiro. a sua beleza, o seu protagonismo, o seu jeito de menina mulher levaram-na às mais importantes salas de espectáculo de todo o mundo
O acidente foi a gota de água que alterou a vida de Joaquim. Incapaz de trabalhar no campo tornou-se num homem azedo e implicativo. Amava Josefa com sofreguidão, mas os ciúmes deixavam no cego. Josefa tornara se numa mulher famosa e isso mexia com ele. Nem parecia o mesmo e Josefa cansou se. Fez a mala e sem olhar para trás entrou no seu Fiat Punto e partiu. Joaquim não se mexeu. Com um nó nas entranhas e o sangue paralisado nas veias deixou-a ir. Hoje estava arrependido, mas era tarde. Josefa não voltou e ele continuou o seu caminho só.
Mãe e filha seguiram as pegadas do sucesso. Joaquim permaneceu mudo no seu mundo.
Aquele que outrora fizera com que todos acreditassem que os seus planos passavam por ter uma vida recatada junto de Josefa, não era o que espelhava.
Joaquim era um sujeito de sentimentos intensos e visionários que, apesar das controvérsias da vida, mantinha a capacidade de acreditar nos seus sonhos.
Hoje, a visita de Maria da Luz tinha um desígnio profundo. Sua filha viera para lhe contar que sabia da existência daquele pequeno baú de madeira escurecida e forrado a cetim vermelho que seu pai guardara durante anos no local mais recôndito da casa.
Maria da Luz conhecia tão bem o conteúdo daquela pequena caixa! Havia lido e relido, todas aquelas cartas onde seu pai fazia bailados enternecidos e apaixonados com palavras de amor e de saudade. Eram frases dirigidas a uma mulher sem nome que o abraçava junto à luz ardente de uma lareira
Aquele que outrora fizera com que todos acreditassem que os seus planos passavam por ter uma vida recatada junto de Josefa, não era o que espelhava.
Joaquim era um sujeito de sentimentos intensos e visionários que, apesar das controvérsias da vida, mantinha a capacidade de acreditar nos seus sonhos.
Hoje, a visita de Maria da Luz tinha um desígnio profundo. Sua filha viera para lhe contar que sabia da existência daquele pequeno baú de madeira escurecida e forrado a cetim vermelho que seu pai guardara durante anos no local mais recôndito da casa.
Maria da Luz conhecia tão bem o conteúdo daquela pequena caixa! Havia lido e relido, todas aquelas cartas onde seu pai fazia bailados enternecidos e apaixonados com palavras de amor e de saudade. Eram frases dirigidas a uma mulher sem nome que o abraçava junto à luz ardente de uma lareira
Mais do que a orquestra literária apaixonada que Joaquim dedilhava ao som da sua viola e das fagulhas, Maria da Luz soubera que de dentro desse baú algo se escondia. Um segredo atormentador que Joaquim escondera durante toda a sua vida
Apressadamente, Maria da Luz dirigiu-se à casa que a viu nascer. O pai estava no alpendre. Sentado no banco de baloiço já gasto pelo tempo. Joaquim descansava coberto pela manta de quadrados castanhos e amarelos, rodeado por trepadeiras que davam um toque requintado ao local. Queria a todo o custo desvendar esse mistério guardado a sete chaves durante tantos anos...
João brincava com o Sinai, o velho cão lavrador, acompanhante de Joaquim há dez anos, e guardador dos seus segredos e lamúrias. Maria, vasculha cuidadosamente quarto do seu pai. Centrada na sua busca não deixa passar despercebidas duas coisas. O velho cheiro a jasmim, flor preferida de sua mãe Josefa e o velho relógio de cuco com o qual passava a horas a admirar em tempos de catraia
Saiu do quarto e foi ao alpendre onde o pai estava. Respirou, decidida a ter a conversa que acabaria de vez com todos os questionamentos sobre o baú, sobre as cartas, sobre si mesma.
Joaquim ria, com os olhos distantes, olhando para João e Sinai. Não percebeu a filha se aproximando. Ela chama, com a voz já embargada:
- Papai?...
Joaquim ria, com os olhos distantes, olhando para João e Sinai. Não percebeu a filha se aproximando. Ela chama, com a voz já embargada:
- Papai?...
- Joaquim nada respondeu. Nem um olhar se esgueirou em direcção a ela. Ficou estático, parado. Apenas um gesto de mão, cruzando com a outra mão se fez. Maria da Luz aproximou-se de seu pai, acabando por lhe tocar no ombro. ao fundo, via-se o quão feliz, João e Sinai estavam. Joaquim continuava serenamente imóvel na sua cadeira de baloiço, baloiçando para trás e para a frente.
- Pai, temos que falar!
– Já te lembras que eu existo? - Retorquiu Joaquim
- Pai, temos que falar!
– Já te lembras que eu existo? - Retorquiu Joaquim
Maria da Luz deu um passo para trás, comovida.
- Do que está falando, papai?
Sinai e João foram brincar um pouco mais longe, mas era possível ouvir ainda os risos do menino afoito. De perto, a música era o rangido provocado pelo balanço da cadeira.
- Estou falando desses anos todos... Estou falando... – conteve-se.
João e Sinai, cansados da farra, resolveram ir para perto dos adultos. João percebe os olhos húmidos de sua mãe – crianças dão conta de tudo!
- O que houve, mamãe?
- Do que está falando, papai?
Sinai e João foram brincar um pouco mais longe, mas era possível ouvir ainda os risos do menino afoito. De perto, a música era o rangido provocado pelo balanço da cadeira.
- Estou falando desses anos todos... Estou falando... – conteve-se.
João e Sinai, cansados da farra, resolveram ir para perto dos adultos. João percebe os olhos húmidos de sua mãe – crianças dão conta de tudo!
- O que houve, mamãe?
Antes que sua mãe respondesse, Joaquim, acaricia o cabelo do miúdo ao mesmo tempo que chama por Sinai. Maria da Luz, retira-se para dentro da casa de lágrimas nos olhos
Sexta-feira, 20 de Fevereiro, como normalmente acontecia, João das Couves visitara seu pai. Trazia consigo uma mulher que Joaquim desconhecera. Uma senhora idosa, aparentando uns 65 anos, mas percebia-se ao longe que era uma senhora da alta realeza
Joaquim admira a forma de andar da senhora. Por momentos um certo arrepio lhe atravessa na espinha.
De olhos enevoados, com uma emoção nunca antes sentida, murmura: -Não, não pode ser ela! E aguarda que aquela visão se aproxime.
Ao vê-la mais próxima, ele tem a confirmação. Trata-se mesmo dela. A mulher por quem ele esperou todos os dias finalmente havia voltado. Seus olhos marejados com a visão inesperada, sua boca pouco conseguindo articular palavras, seu coração batendo depressa, emocionado... Joaquim ampara-se em sua bengala e se aproxima. A mulher também parece comovida. Era ela! A remetente e destinatária das mais lindas cartas de amor que ele já havia lido e recebido, a dona da sua solidão - que naquele momento, terminara. Era Josefa. A mulher que ele fora obrigado a deixar e que por isso havia se julgado um canalha por todos esses anos. Era ela.
O pequeno Joaquim não sabia quem ela era. Envolto em duvidas de quem seria aquela senhora pergunta efusivamente a sua mãe:
- Mãe, quem é esta senhora tão bela?
Maria da Luz, sem jeito, comovida de emoção, sorri para Joaquim respondendo-lhe:
- Esta senhora é aquela que nunca viste, mas que te ama muito meu filho
- Mãe, quem é esta senhora tão bela?
Maria da Luz, sem jeito, comovida de emoção, sorri para Joaquim respondendo-lhe:
- Esta senhora é aquela que nunca viste, mas que te ama muito meu filho
Josefa continuava a andar em direcção de Joaquim. Ao lado de José da Couves, Josefa caminhava com passo lento, mas firme. Sabia ao que viera e estava calma. Nos seus 65 anos, Josefa era realmente bela e Joaquim não conseguia desviar os olhos dessa visão que lhe trazia memórias de outrora, memórias que o tinham acompanhado até hoje.
Suores frios e quentes percorriam lhe todo o corpo. Sem querer acreditar no que via Joaquim cambaleou...
Num impulso espontâneo Maria da Luz ampara seu pai. Debruçado sobre a ombreira da varanda a admirar aquela formosa mulher, erguesse como se tivesse bebido uma poção magica de rejuvenescimento. Vai descendo os degraus em direcção ao terraço encontrando-se finalmente com aquela mulher.
- Josefa, és tu? és mesmo tu? Pergunta Joaquim, sentindo suas pernas novamente a fraquejar com o q os seus olhos retinha a sua frente. E ainda antes d Josefa responder o q quer q seja, Joaquim tivera a certeza q era ela. Aquele sinal
- Josefa, és tu? és mesmo tu? Pergunta Joaquim, sentindo suas pernas novamente a fraquejar com o q os seus olhos retinha a sua frente. E ainda antes d Josefa responder o q quer q seja, Joaquim tivera a certeza q era ela. Aquele sinal
Era ela, sem dúvida! Aquele sinal... aquele sinal que ocupava de uma forma estranha e quase caótica, o centro da sua face do lado esquerdo. De um ponto de cor vermelha saíam ramificações de cor que variavam da inicial. Constantes e perfeitas, iam do vermelho ao amarelo fogo, em forma circular, quentes, caracterizando com que uma forma geométrica, formando um todo. Lembrava a lava de um vulcão. Era belo!Tal como Josefa, era belo! Esse sinal que acompanhava toda uma geração de mulheres. Sim! Já a mãe de Josefa tinha esse sinal... a mãe dela também. Seria um sinal do destino? Uma marca que lembrava o inicio ou fim... o caos.
Joaquim envolto nos seus pensamentos e maravilhado por aquela visão, cerrou os olhos. Josefa continuava a andar no seu passo firme e lento e Joaquim sentiu. Sentiu o calor da mão de Josefa tocar a dele e num repente, quase da mesma forma que a lava dos vulcões jorra pela encosta, livre e devastadora, abraçaram-se. Tinha chegado, finalmente, o encontro para todos o sempre deste amor que tinha ultrapassado o tempo. Sim! Agora seriam verdadeiramente felizes...
Por: Inês Guerreiro, Maria Madalena Santos, Mónica Flávio, Escrivaninha de Historias (Vitor Moreira), Tarot e Radiestesia Radionica , Terapias da Mente de Patrícia Bernardo, Elisabete Rocha, David Barbas, Graça Maria Pinto Valejo, Rute Ferreira, Maria Isabel Loureiro
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