quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Escrivaninha de Histórias - V



 Madrugada
Quando chega a madrugada
fica escuro, escurece
à espera da alvorada
quando o Sol quente aparece....


As estrelas dão lugar a um azul celeste
De um sol quente

Nasce um novo dia

Uma nova manha

Um novo recomeço
O amanhecer, traz o começo, de um dia de Outono, cálido, frio, mas com Uma nostalgia, muto terna e agradável...
Das andorinhas fugidia trás á mente o seu voar
Gostava de ser um passarinho, para poder voar, aquecer as minhas asas, assim que o amanhecer chegar!
Ver o planalto aqui de cima
voar a pique

em direcção aquela límpida agua

que jorra do meio montanhoso
Voar, voar livremente, sobre as pálidas águas ardentes, que brotam de uma linda queda de água, com o amanhecer do sol quente.
Umas gotas de orvalho teimam em pingar sobre o manto aflorado das minhas assas....
um sonho, um terno sonho, sou uma ave de rapina ou um canário....ou talvez uma Fénix ardente
Sou ave que voa... Voa em volta daquela luz quente, feliz e contente, poisa na árvore que vê ali enfrente, já despida de algumas folhas, e voa novamente....
O vento que atravessa meu corpo e o vento que eu corto com a ponta do meu bico são o mesmo vento que outrora meus cabelos o fizeram esvoaçar com uma suave e terna brisa que me aconchegava em teus braços
Sonhei que era menina, e andava a brincar
corria atrás de um pássaro

para o poder abraçar.

Sonhos de menina…

Que bom que é recordar!
De uma recordação,
meus dedos desenham em terra cultivada

um sol, uma planície, uma montanha

coisas que me enchem o coração
Da terra cultivada
Nasce Uma flor

Assim que desabrocha

Dá alimento ao beija-flor.
Da mesma forma que dois lábios humanos se beijam
uma forma apaixonada cresce

uma constelação de estrelas cintilam

um fogo ardente queima o corpo que tocaste
Fogo ardente queima
a terra da gente

cultivada pelas mãos

suas e gretadas!
Calejadas pelos tempos sofridos
de amores amados nos umbrais das janelas

um cravo cravejado de solidão

em jardins de manto vermelho
Manto vermelho fica o céu
com o seu anoitecer

ainda dá luz às andorinhas

na hora do recolher
Num beiral os morcegos se aninham
à espera de um aviso para voar

os pirilampos brilham

ao ver a lua a brilhar
Num beiral as andorinhas
fazem seus ninhos perfeitos

para quando os ovos chocar

os seus filhotes nascer

para quando anoitecer

a lua cheia brilhar.
E se junto a uma lareira dois corpos se aquecem
sobre os ramos dos arvoredos

flocos de neve sobre eles caem

tornando a terra castanha e quente numa planície majestosamente esbranquiçada
Do beiral espreita um pardalinho que se inicia num voo tremeliqueiro e aventureiro.
Num voo rasgado cruzado com a andorinha poisa no dedo esticado da criança
Criança encantada, com o pardalinho em sua mão, diz para a sua mãe:
- Mãe, posso ter mais? Responde-lhe a progenitora, não! Eles precisam de serem livres para poderem voar de árvore em árvore ou de beiral em beiral!
Numa correria ate casa, pega num lápis e numa folha em branca e desenha o pardal. Um bando de pardais. Corre a mostrar a mãe dizendo, mama, mama, já tenho os meus pardais
Manhã de manhãzinha
logo ao sol raiar

o passarito lá do seu ninho

canta uma canção de embalar

ainda cedo aquela mãe

embala seu filho para não chorar
De asas cruzando seu filho
da mesma forma como a criança embala

a folha de papel

De forma a que, o passarinho desenhado

possa livremente voar
Livre passarinho voa
que sem asas não o podes fazer

eu gostaria de as ter

para o mesmo fazer

voar, voar, voar livremente…
E entre voos imaginários de andorinhas primaveris e pardalinhos desenhados em umbrais de uma criança chega a condição de findar mais um esvoaçar d pensamentos telepáticos e abrir asas num voo rasgado de uma nova escrivaninha



Por: Mila Barbosa, Graça Maria Pinto Valejo, Tarot e Radiestesia Radionica , Terapias da Mente de Patrícia Bernardo e Escrivaninha de Historias (Vítor Moreira)



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