quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nas tuas assas


Não sei se voas pelas assas do tempo
Que em ti se colaram
Fazendo-te elevar o teu corpo
Pelas nuvens artificiais
Do teu próprio céu
Ou se voas pelas assas
Que se colaram nos teus olhos
Pelos quais observas
O voo repenicado
De quem a teu lado te observa

Em trajes encantadores
Para te conquistar
Não sabendo eles que só te conquista
Com quem contigo voa.
Não sei se voas
Pelo toque do dedo
Que tudo enfeitiças
E tornas mágico
Pela sinceridade com que lhe tocas
Ou se voas pelos lábios
Que produzem sensações loucas
De fazer transformar o gelo em lava
E carvão em árvores centenárias.
Não sei se voas
Pelo prazer de ver o mundo
Pelas tuas próprias assas
Ou se voas
Porque o teu próprio mundo
Te trouxe as suas próprias assas
Para te fazer voar com ele.
Não sei o que fazem as tuas assas
Mas sei que voas
Pelo campo de trigo
Que o fazes bailar com a tua brisa
E sei que refrescas o povo
Com o leve batimento sincronizado das tuas assas.
Sei que voas
Pelo sol
E que o empurras ate à lua
E que levas calor e amor
até àquele ser escondido
de quem mais precisa.
Sei que brilhas
Com as estrelas
E que e um pirilampo voador.
Sei que tudo és
E és tudo enquanto tens assas
E voas por onde queres
E por onde as tuas piruetas voadoras te fazem esvoaçar.

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