quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poema escrito a dois - I


Brilhando tudo e sereno

Suave o rio desliza

Num movimento subtil

Embalando todos os que nele fixam o olhar.

Simplesmente perfeito

Este movimento de profunda serenidade



Uma folha cai dos braços amados se dua mae

E antes que caia estrondosamente

Em terra enlameada pelos pingos chorosos

De uma nuvem abandonada.

Um vento sopra

Elevando a folha ate ao céu alaranjado

De um por de sol

Acompanhando-a até à nuvem solitária

De dois seres perdidos

Um só ser se fundou milagrosamente.

O sol brilhou numa só cor

Criando um majestoso dia nos seres perdidos



Energizados pela luz do sol

Os dois compreenderam

Que apenas podiam ficar perdidos pelo amor

Que os une durante a sua vivência

De vinte e nove longos anos



E seus dedos se entrelaçaram

Em torno de uma pele suave

Um abraço terno

Um sorriso de criança

E um olhar de mulher

E diante de tais teclas informáticas

Os dois seres sorriem

Na esperança que uma estrela leve um suave beijo



As nuvens juntaram-se

Num baile suave e risonho

Para comemorar a união dos dois



Um floco de neve

Cai sob o olhar do arco iris



As cores do arco iris ganharam vida

O azul estendeu os braços

Tocando o longo cabelo rebelde

Desalinhou empurrado

Pela brisa quente

De repente se manifestou

Impregnando os corpos

De uma serenidade há muito ausente



Um afago no couro cabeludo

Um respirar auditivo

Um olhar de desejo

De um toque de paixão

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