Baratas,
Estão por todo lado.
No chão,
Nas paredes,
No tecto.
Elas aparecem de todo o lado
E de lado algum
Elas se reproduzem.
Mil e quinhentas facas
Disparadas em minha direcção.
Nenhuma me acerta
E todas me esfaqueiam.
Uma no pé
Outra no braço
Outra no olho
E uma última me acerta na traqueia
Fazendo trespassar um grito afiado.
Tudo roda em turbilhão à minha volta.
Cadeiras de madeira giram
E movem-se à minha volta.
As paredes brancas deste quarto
Se transformam num colete-de-forças
Que me agarram a mente louca
A esta cama de loucos
E de baratas fantasmagóricas
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