segunda-feira, 9 de julho de 2012

Perdeu-se no meio do jardim






Ali está ela… repousada sobre o granito em forma de banco de fumaça na boca e de olhos postos no horizonte.

Observa o rio, as caravelas de hoje a navegar e os pássaros a esvoaçar por entre os ramos…

O seu cabelo curto, negro não esconde a sua forma física e a cor da sua pele no pescoço. A cor branca cai-lhe sobre a pele dando-lhe um sinal de paz contradizendo com a escuridão das lentes que lhe escondem a cor dos seus olhos.

Enrola nova fumaça e uns tragos de fumo são inalados acabando por deixando fugir pela boca de uma forma sensual e simples.

Seus gestos deixam secretamente o seu pensamento. Em que será que pensa? No ontem? No amanha? Na condição social em que o pobre ou o rico vive? Num amor correspondido ou num amor que fugiu para a guerra?

Levemente desloca seu corpo deixando a raiz do granito solta e caminha pelos paralelos que a levam a perder-se no meio do jardim


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