sábado, 15 de setembro de 2012

Crónica - o Tuga sem estrelas no céu para dourar o caminho e com chave de casa para não entrar e fumar barbas de milho e jogar bilhar com pedras redondas.... é o País Tuga



Aqui há tempos alguém (eu) escreveu uma cronica intitulada por Carnaval Social, palavras escritas em plena época carnavalesca em que toda a gente ser humana e, desconfio eu de que, os animais também, aproveitem esta mesma data para se (des) mascararem e tornar tal data festiva numa roda rodada diferente da habitue rotina que se vai vivendo.

Recordo-me de que na minha infância, escutava um musicol do nosso Ruizinho Veloso, em que cantarolava a falta de estrelas no céu para dourar o nosso caminho, do que ia valendo ter a chave de casa para entrar, ter uma nota para cigarros e bilhar. Ora apenas destas três estrofes, se faz uma filosofia de vida e sua vez mais o artista tuga é u pensador futurista criando letras a pensar no que virá por aí fora no amanha. Por aí fora, ou por ai a dentro.

Sim, de que adianta ter a chave de casa para entrar, se falta a fechadura, a porta, a janela, as paredes e os tectos? Veio um tufão qualquer, oriundo de um banco que lhe atribuíram um nome qualquer do género, tufão coelho, tufão Sócrates, tufão Guterres, tufão soares, tufão barroso ou ate um com um nome mais apropriado para o caso, tufão cavaco silva. E este mesmo tufão é mesmo tramado, pois mesmo que tenham os nossos refúgios de sobrevivência como os americanos tem, os cujos lá chegam limpando e tufando tudo à sua volta… podia ficar sentadinho no (B) banco sossegadinho a (es)tufar algo em vez de brincar ao lobo mau e aos porquinhos. É que os porquinhos (a gente com duas perninhas, dois bracinhos e um rabinho) gostariam de manter o rabinho no sítio e um tectozinho.

Mas recuperando a ultima estrofe do nosso grande Veloso, “do que vale ter uma nota para cigarros e bilhar”. Sim do que vale. Julgo eu, de que vale de muito… já não digo para cigarros e bilhar, mas para ter forma e direito adquirido de poder comprar umas migalhinhas de morfar ao almoço ou ao jantar. Sim, por que se fizermos um jantar aveludado, sempre se pode aproveitar para o pequeno-almoço e, fazer um almoço mais avantajado e aproveitar os restos para o lanche. Há que se fazer reciclagem alimentar, meus sábios caros. Quanto ao tabaco e ao bilhar, já iniciei uma plantação de milho para fumar as barbas do milho (desculpe Manuel Alegre, não confunda as suas barbas com as de milho). Espero que me nasça muito milho rei, para poder fumar uma coisa cara. Quanto ao bilhar, não tenho lá muito jeito para a manualidades, mas se alguém conseguir pegar em pedrinhas e fazer bolinhas, talvez nos safemos a jogar uma bilharada..

Ontem ouvia o Ricardo Araújo Pereira comentar o futuro em 2030. Este tipo é tão inteligente, tão inteligente que referia que o futuro é uma coisa estranha. Chega Rápido demais e sem aviso... E de que maneira. ainda o passado partiu inesperadamente e o futuro já está a bater à porta. Mas seria possivel colocá-lo preso em algum lado, pode ser na cadeia mais famosa americana?Só por alguns tempos? Não era por nada, mas era só mesmo para sossegarmos um pouco sem pensar no que virá por aí. Gostaria de viver uns segundos no presente. só uns segundos. é que nem sequer me importo de ouvir a repetiçao dos senhores governantes com as mesmas estórias de (des)encantar, mas pelo menos era sempre a mesma lenga-lenga e nao um fado vadio. Rico Fado o nosso. Ainda temos que levar com gentlemans de caviares e ainda temos que ficar sem o presente. Envenenado ou não, mas e presente ora bolas.

Nunca tive queda acentuada para filosofias, mais para devaneios interiores em torno dos inesperados. Por seu lado há engenheiros que tem tendências inesperados para devanear filosofias sociais pouco gregas.
Consegui entender finalmente a morfologia sintáctica do nome troika e do porque de ser uma entidade financeira rica e de se terem aprontado desde o primeiro segundo a ajudar o nosso tuguinha. Alguém por acaso já esteve na linda zona de Tróia? Já la residiu ou já efectuou compras? Pois. Se ainda não lá foram batas associar o nome dos dois e fazer uma pequeníssima ideia de onde advém o nome Troika.

Fui educado numa pequena aldeia do norte do país em que me foi ensinado valores como a solidariedade, compreensão, paciência, e ajudas. Uma aldeia pacata de boas pessoas e de boas ajudas. Gostaria que algumas pessoas que pedem solidariedade e compreensão se deixassem de tretas e de aJudas teatrais e fizessem uma pequena viagem pelas aldeias do país e olhassem para quem lá vive e pedissem uns concelhos sábios. Talvez, alguém lhes desse algumas moedinhas de informação ética a essas aJudas que em tribunas reais teceram promessas a quem o atribuísse o posto na alta realeza presidencial do nosso Tuga. Apraz-me dizer, oh Jesus, vem cá baixo ver isto. Talvez te assustes com os Iscariotes que por aqui andam e repenses a tua ida ao monte rezar. 

Sou do tempo em que… é a frase que há algum tempo está em voga para afirmar que estamos a ficar velhos. É um facto. Estamos velhos cada vez que a hora e o minuto passa, mas velhos da mente e dementes com cada anedótica aventura orçamental e medidas politiquices que os nosso senhores (se não for abusivo usar este termo) teimam em acento parlamentar regozijar-se de debater sem pensar no certo ou errado, apenas querendo “salvar” o Tuga, tomando ou tornando atitudes utópicas em estupidezes reais, atirando bolas de canhão aos pinos de bowling, conseguindo derrubar os pinos, os barcos e afundando cada vez a caravela tuga. 

O Atlântico apraz-se a ter uma enorme caravela a fazer de casinha aos peixinhos lindos que por lá habitam nos confins do mar. a parte boa e que já não é preciso gastar dinheiro (que não há) em linhas e canas e minhocas para a pesca. É só abrir a janela e puf, lá vem um carapau para o jantar, e com um pouco de jeito ainda comemos enguia ao almoço.
Acabo esta triste anedota da mesma forma como acabei a cronica que inicialmente referi.

Senhores foliões que poisam e que desfilam ali para os lados de S.bento (de porta fechada), deixam lá as brincadeiras de lado, a malta não leva a mal o Carnaval, mas se é para brincar a gente do povo da idade média em que se troca um cabrito por dois sacos de batata, uma coive e meio quilo de feijão furadinho (pelo bicho) também quer brincar. E já agora, se o Carnaval é quando o Homem quer, o Natal, também o é, e gostaria que o Pai Natal fosse um pouquinho generoso. Não me importo que ele ande mascarado por estas alturas, e muito menos me importo que ele seja oriundo da terra mais recôndita do planeta, mas só queria que ele olhasse para o povinho e se lembrasse que nós também gostamos de brincar.
E continuando o meu dis(c)urso, rábula, texto, reflexão, pensar indefinido e incoerente ao jeito Zé povinho aos olhos daquele que julgam tem em sua pose o mais dócil e puro tintol da colheita não sei de há quantos séculos, recordo a minha infância e de por esta altura a minha mãezinha mais conhecida por Palheira ou por Riera, teimava em me tirar a minha linda mascara e enfiar-me uma roupa, quente por sinal, pegar num pedaço de carv(br)ao e pintar-me a fronha com um bigode a estilo italiano do SEC. XV. ora, tal aperalto todo acabaria por ser um cowboy mascarado. E esta mascara era intercalado com a do pastor. Ate q fazia sentido. Com dois carneiros mais velhos alguém haveria de ser o pastor. Ora ultrapassados alguns bons anos e olhando para a conjuntura actual só me apraje dizer algo do género: oh Srs. do tintol e da pança cheia. tudo bem que há que manter a criança viva em nós. mas não abusem. Eu também já fui cowboy em puto, mas não me tornei em ladrão quando comecei a ter pelos na fusa.

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