Essas lascivas almas soltas sobre o cemitério solitário dos
teus olhos, penumbra inquietante mordaz das horas invisíveis, ausências, dos
missais com que celebras o sepulcro do caixão sombrio, relembras as vidas que
desapareceram em cada fumo da cigarrilha no canto da taberna onde todos te
admiravam o negro volume voluptuoso dos teus olhos. Rosas.
Vermelho, sangue com que embebedas o lume dos teus lábios
mudos, fazes temer em quem em ti, se aproxima nas tentativas de um toque mais
imo religiosamente em ecatombas de dúvidas que despertam todos seus receios. Jasmim.
As cores pintadas a agulhas de tinta nos poros frios gélidos
das tuas veias ensanguentárias, os punhos empulseirados com cravos reluzentes
de um metal qualquer espinnhos pontiagudos levam os espelhos dos sexos se
afugentarem em mil pés apressados de fugas com as espanhadas na bainha ainda
apertada. Mar.
O círio, medonho, gere o caldeirão das mezinhas que todos
julgam o medo das varinhas de condão apoderada em exorcismos nos frondosos
olhos que deixam o ar fora das tuas respirações. Ofegantes.
O silêncio, essa lâmina de duplo gume afiado do sabor de
laranja, doce em ti, amargo no coração maléfico das traições mentidas, sepultam
o arvoredo sombrio das presenças de humanizados dráculas que escondem a sua luz
taciturna das verdades de si mesmos. Doce.
4 velas multicoloridas, em cada canto das ruas do teu corpo, e a
purificação da própria àgua benta em incenços, trazem sobre ti a paz pacifica
que necessitas para o reconforto do homicidio da solidão negra, que no baú dos
templos faraónicos nunca ninguém se ousou, representar forças divinas de abrir
o panteão do teu ser. Luz
Desvirgindar. O medo. Nunca ninguém se atreve a tal
desfuncional sensação. O medo amedronta os medrosos. A lâmina cortante do teu
silêncio, suspira o fogo das mil razões em ti violadas desde a tua criança que
nunca te autorizam nas permissões de o ser.
E hoje, sobre a varinha do condão, dos intimos corpos que
habitam no teu mundo, conversas as realidades que nos olhos dos outros,
incompreensiveis, se borram de medo a cada paso teu no limiar do salto das
fronteiriças cataratas lágrimas deixas prostrados na soleira dos teus passos,
todas as palavras de carinho assassinadas pelas mortes das flores que outrora,
se atreveram em ti semear. Invisivel.
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