quarta-feira, 5 de março de 2014

Beijo do medo



Estariam ali, flores, negras destas mortes intemporais dos ponteiros dos relógios. As plumas das Ad Eternuns mãos. As ruas, de pó osal, sobre as linhas do comboio, neblinas, as ferrugens das locomotivas fantasmas, se inergem as fumegantes doces sensações vozes do lado das mini saias, as equações matáticas dos medos negros, essas rosas que nos seus espinhos, atracam as âncoras, nos salivares sangues dos vampiros em batôn de cenas fielmente maradas. 

Se mesclam, em sabores nauseabundos das cordas das guitarras entre o charro de sabor a limonete e o chã de tilia que embarca as pérolas dos pensares, renasce as pólvoras incendiárias, esta floresta de pinheiros crescentes, que tritura toda a madeira do seu corpo, as falhas que se cravaram nas lanças dos seus dedos, constroi, serralheiro dos seus oficios, punhais, nas suas prórpias mãos. A vida, se assassina nos homicidios de plumas no desventrar do ventriluco de gritos desesperadamente apaixonados por mais uma morte. 

Cáusticos, sarcásticos, imos, dolorosamente espaciais das fissuras do seu corpo, facas de mil tintas das penas do pombo desventrado dos seus correios, descrevem, sobre as odes poetizadas por vicentes e namoras, espancadas nas deduções leviamente enraivezidas pelos demónios dos evangelistas, nas palavras lausperenes, das vozes de salmistas, que cantam os nomes, das liberdades, as terras àridas cultivadas pelos sonhadores, aquelas almas, dormidas durante os olhos abertos em súplicas rogadas sobre as brisas do vento. 

Procriações causadas nas violações do coito, as luzes do candieiro famintas das sombras dos orgasmos, repelam todas as roupas desnudadas das bocas descrentes dos silêncios. As transformações dos genes embrionários de cabeças afiadas decapitando o latex dos viagras, correm em destino ao oráculo ovulo, derrubando as amnésias de nove meses descritos nas biblias, que em tempos vindouros, as babilónias se derrubarão, e em sua pose, o fecto, se prosta, no altar mais alto dos tronos.
As execuções das fogueiras, elevam as gerações de clotildes e de marilias, adormecerem nas cinzas. Nas perseguições das oliveiras em jardins floridos por promessas de judas, os seus amores se viram prontificados, e por o afirmar, em judas paixões lascivas de interesses. 

As bibliotecárias solidões das saudades se reflectam nas emergentes magias das páginas fumadas nos incensos, clamores perfumados dos locais, das fontes, onde as lágrimas ensaguinárias, levam, sobre os deltas, as suas lutas renhidas contra a vida. As deslocações tectónicas dos olhos, removem todas as estalactites das feitiçarias gélidas, vudus sarcásticos de uma longitude meridiana das fomes canibais de peles femeas. 

As idolotrações das mortes, corroem os pensamentos da vida. E os oráculos, esses dedos advinhos do pensamento, derrubam todas as muralhas das certezas do passado vivido nas inquisidoras palavras silenciosas de um amanha permente de medos e de gritos, de salivares, e de grunhidos. As previsiveis ervas daninhas, lhe consomem o fogo das raizes que ali, jasmim, arde nas asas de um cometa angelical. Plumas de consolo de ar fresco. Nas músicas sedutoras do beijo do medo.

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